O PAPEL CONSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM DEFESA DA TOLERÂNCIA ÉTNICA E RELIGIOSA

UM ENSAIO SOBRE DISCURSOS DE RETALIAÇÃO EMPRESARIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21783/rei.v11i1.891

Palavras-chave:

Ministério Público, Tolerância Étnica, Liberdade Religiosa, Retaliação Empresarial

Resumo

Este ensaio examina o papel constitucional do Ministério Público brasileiro na defesa da tolerância étnica e religiosa, com foco nos discursos discriminatórios e antissemitas crescentes na esfera pública. O acirramento do conflito entre Israel e Palestina tem exacerbado as tensões globais e ensejado opiniões exaltadas ao redor do mundo. O ensaio explora uma das linhas desse tipo de discurso que, amplificado pelas redes sociais, afeta o comportamento social e a opinião pública, correlacionando-se com a fundamentação da legitimidade política e jurídica do Ministério Público como instituição capaz de agir para proteger a dignidade étnica humana e a liberdade de crença. Com base nas liberdades civis e políticas asseguradas pela Constituição brasileira, argumenta-se que práticas discursivas discriminatórias, como o boicote econômico e comercial contra indivíduos ou grupos judaicos e israelenses, ao violarem o ideal de reciprocidade, minam os valores fundamentais de uma sociedade democrática. O Ministério Público, ator constitucional responsável por defender a ordem democrática e os direitos fundamentais, tem o poder-dever de agir com vistas a enfrentar violações desse gênero e a preservar a justiça política da estrutura básica da sociedade.

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Biografia do Autor

Tulio Caiban Bruno, UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Direito pela Universidade Cândido Mendes (2000). Mestre em Direito pela UFRJ. Promotor de Justiça no Rio de Janeiro. Tem experiência na área do Direito Público.

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Publicado

2025-01-15

Como Citar

Bruno, T. C. (2025). O PAPEL CONSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM DEFESA DA TOLERÂNCIA ÉTNICA E RELIGIOSA: UM ENSAIO SOBRE DISCURSOS DE RETALIAÇÃO EMPRESARIAL. REI - REVISTA ESTUDOS INSTITUCIONAIS, 11(1), 80–92. https://doi.org/10.21783/rei.v11i1.891

Edição

Seção

Dossiê