O PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.21783/rei.v2i1.37Palabras clave:
História do Brasil, Poder Judiciário, Controle Interno, Controle Social, Supremo Tribunal FederalResumen
A função judiciária é essencial a toda organização política. Foi a partir da instituição dos juizados reais na Baixa Idade Média, garantindo paz e justiça às populações mais pobres, exploradas pelos barões feudais e menosprezadas pelas autoridades eclesiásticas, que nasceu e pôde desenvolver-se o Estado moderno. Em assim sendo, não se pode deixar de indagar: a quem há de ser atribuída no Estado a função jurisdicional? Em razão do que, devem os titulares desse poder exercê-lo? É admissível que os órgãos judiciários atuem sem controles? A resposta a tais perguntas fundamentais não pode ser feita no plano puramente teórico, sem uma análise concreta da realidade social em que se insere a organização política. Tal realidade define-se, essencialmente, por dois fatores intimamente relacionados: de um lado, a estrutura efetiva (e não apenas oficial) de poder dentro da sociedade; de outro lado, a mentalidade coletiva vigente, entendendo-se como tal o conjunto dos valores éticos predominantes no meio social. No Estado contemporâneo, notadamente no quadro da civilização capitalista, a mentalidade coletiva passou a ser moldada decisivamente pelo grupo social detentor do poder supremo, em função de seus próprios interesses.
Descargas
Citas
BARBOSA, Ruy. Escritos e Discursos Seletos. Rio de Janeiro, RJ: J. Aguilar, 1966.
BRAUDEL, Fernand. Civilisation matérielle, Économie et Capitalisme. Paris: Armand Colin, 1979.
______. La dynamique du capitalisme. Paris: Flammarion, 2008.
BOXER, Charles Ralph. The Golden Age of Brazil – 1695/1750. Berkeley, CA: University of California Press, 1962.
BUENO, Eduardo. Ficha Suja. In: Luciano Figueiredo e Alberto da Costa e Silva (Orgs.). História do Brasil para Ocupados: os mais importantes historiadores apresentam de um jeito original os episódios decisivos e os personagens fascinantes que fizeram o nosso país. Rio de Janeiro, RJ: Casa da Palavra, 2013.
CARVALHO, José Murilo de. D. Pedro II: Ser ou Não Ser. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2007.
DARWIN, Charles. O Diário do Beagle. Trad. Caetano Waldrigues Galindo. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2006.
JEFFERSON, Thomas. Thomas Jefferson Political Writings. Ed. Joyce Apleby e Terence Ball. Cambridge, MA: Cambridge University Press, 1999.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira, II: O Brasil Monárquico, 5 Do Império à República. São Paulo, SP: Difusão Europeia do Livro, 1972.
LAVRADIO, Luís de Almeida Soares Portugal Alarcão Eça e Melo, Marquês do. Cartas da Bahia 1768-1769. Rio de Janeiro, RJ: Ministério da Justiça, Arquivo Nacional, 1972.
LUCCOCK, John. Notas sobre o Rio de Janeiro e partes meridionais do Brasil. Trad. Milton da Silva Rodrigues. São Paulo, SP/Belo Horizonte, MG: Editora da Universidade de São Paulo/Editora Itatiaia, 1975.
MANGABEIRA, João. Rui: O Estadista da República. Rio de Janeiro, RJ: Livraria José Olympio, 1943.
MONTESQUIEU, Charles-Louis de Secondatt, Barão de. De l’esprit des lois, p. 114. Disponível em: <http://www.ecolealsacienne.org/CDI/pdf/1400/14055_MONT.pdf> Acesso em: 10 de julho de 2016.
______. O Espírito das Leis. Trad. Cristina Murachco. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2000.
NABUCO, Joaquim. Minha Formação. São Paulo, SP: Editora 34, 2012.
NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Aguilar, 1975.
OLIVEIRA, Albino José Barbosa de. Memórias de um Magistrado do Império. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 1943.
PEREIRA, Anthony W. Ditadura e Repressão: o autoritarismo e o Estado de direito no Brasil, no Chile e na Argentina. São Paulo, SP: Paz e Terra, 2010.
PEREIRA, Anthony W. Political (In)Justice: Authoritarianism and the Rule of Law in Brazil, Chile, and Argentina. Pittsburgh, PA: University of Pittsburgh Press, 2005.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo: colônia. 1ª ed. São Paulo, SP: Martins Editora, 1942.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São Paulo, SP/Belo Horizonte, MG: Editora da Universidade de São Paulo/Editora Itatiaia, 1975.
SAINT-HILAIRE, Auguste. Voyage dans les Provinces de Saint-Paul et de Sainte-Catherine, T-1º. Paris: Arthus Bertrand Libraire-Éditeur, 1851.
SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil: 1500-1627 (1627), p. 4. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000138.pdf>. Acesso em: 10 de julho de 2016.
SCHWARTZ, Stuart B. Sovereignty and society in colonial Brazil; the High Court of Bahia and its judges, 1609-1751. Berkeley, CA : University of California Press, 1973.
STRAYER, Joseph R. On the Medieval Origins of the Modern State. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1970.
VILHENA, Luís dos Santos. A Bahia no Século XVIII, Vol. II. Coment. Braz do Amaral. Salvador, BA: Editora Itapuã, 1969.
WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José. Direito e Justiça no Brasil Colonial – O Tribunal da Relação do Rio de Janeiro (1751-1808). Rio de Janeiro, RJ: Renovar, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na revista.