O CONTROLE SOCIAL E A ESTRUTURAÇÃO DA VIOLÊNCIA

Résumé

O presente ensaio busca identificar de que forma os instrumentos de poder à disposição do controle social, tanto em sua forma vertical, ou seja, na relação Estado-indivíduo, quanto em sua forma horizontal, na relação indivíduo-indivíduo, podem se comportar como fatores para a estruturalização da violência na sociedade, bem como estabelecer também quais as consequências dessa estruturalização da violência nos indivíduos. Para o desenvolvimento do objetivo da pesquisa, é adotado o método dedutivo, a partir da pesquisa teórico-bibliográfica. Pretende-se, inicialmente, conceituar e contextualizar o termo controle social e os mecanismos de poder por este utilizados, através do levantamento histórico acerca de evolução destes conceitos, com os estudos de Michel Foucault e outros autores, a fim de circunstanciar a presente discussão. Em tópico posterior, busca-se estabelecer a demarcação da violência, para que possa ser trabalhada, na presente pesquisa, em seus mais diversos aspectos e formas, como a violência estatal, a violência social e a violência simbólica ou estrutural. Para tanto, são examinados os estudos de Jean-Marie Domenach e outros autores. Por fim, o tópico final, arrematando as considerações deste artigo, empenha-se em identificar, à luz dos estudos e das teorias já levantados, quais inferências e correlações que podem ser apontadas entre os mecanismos de controle social e violência estrutural, assim como quais suas consequências na sociedade atual.