O DELEGACIONISMO NO STF: UMA TRÉPLICA A VIRGÍLIO AFONSO DA SILVA
DOI:
https://doi.org/10.21783/rei.v3i2.143Palabras clave:
Supremo Tribunal Federal, Julgamentos de Grupo, Interpretação Jurídica, Deliberação, PrecedentesResumen
No presente artigo, pretendemos responder às críticas elaboradas por Virgílio Afonso da Silva, em O Relator dá voz ao STF? Uma réplica a Almeida e Bogossian, ao nosso artigo “Nos termos do voto do Relator”: considerações acerca da fundamentação coletiva nos acórdãos do STF. Nosso propósito com o presente artigo é duplo. Além de responder às críticas que nos dirigiu nosso interlocutor, pretendemos apresentar com mais clareza o argumento sugerido em nosso artigo anterior (que chamamos de argumento do delegacionismo), definindo as condições para sua afirmação, e situá-lo no pano de fundo de nossa pesquisa, a respeito da natureza coletiva dos julgamentos no STF – mais especificamente, a busca por critérios para atribuir determinados fundamentos de decisão à corte, entendida enquanto grupo-agente. Concluímos que, apesar de algumas críticas de Silva serem pertinentes, elas não comprometem decisivamente nossa tese central, de modo que ainda consideramos haver boas evidências para pensar que a autocompreensão da corte expressa em seus acórdãos confirma a hipótese de que a corte remete suas razões de decidir para o voto do relator do acórdão.
Descargas
Citas
ALMEIDA, Danilo dos Santos. As Razões Ocultas do Supremo Tribunal Federal: um estudo sobre agenciamento de grupo na Corte. Tese (Doutorado em Teoria do Estado e Direito Constitucional), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2016.
ALMEIDA, Danilo dos Santos. A Fundamentação de Decisões Judiciais Colegiadas e o Problema de sua Demarcação. In: Daniel Marchiori Neto; Danilo dos Santos Almeida (Orgs.). Estudos em Filosofia do Direito, Volume II: Ensaios em Filosofia do Direito. Rio Grande, RS: Editora FURG, 2017.
ALMEIDA, Danilo dos Santos; BOGOSSIAN, Andre Martins. “Nos Termos do Voto do Relator”: Considerações acerca da Fundamentação Coletiva nos Acórdãos do STF. Revista Estudos Institucionais, Vol. 2, 1, 2016.
BARROSO, Luís Roberto. Supremo Tribunal Federal, Direitos Fundamentais e Casos Difíceis. Revista Brasileira de Direito Constitucional – RBDC, No. 19, 2012.
BOGOSSIAN, Andre Martins; ALMEIDA, Danilo dos Santos. É Possível Falar em Precedente “do Supremo”? In: Joaquim Falcão; Diego Werneck Arguelhes; Felipe Recondo (Orgs.). Onze Supremos: o Supremo em 2016. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2017.
CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo. Explicando o Avanço do Ativismo Judicial do Supremo Tribunal Federal. Revista do Instituto do Direito Brasileiro – RIDB, Vol. 2, 8, 2013.
KORNHAUSER, Lewis; SAGER, Lawrence. Unpacking the Court. The Yale Law Journal, Vol. 96, 1, 1986.
LEITE, Fábio Carvalho; BRANDO, Marcelo Santini. Dispersão de Fundamentos no Supremo Tribunal Federal. Direito, Estado e Sociedade, No. 48, 2016.
MENDES, Conrado. Projeto de uma Corte Deliberativa. In: Adriana Vojvodic, et. al.. (Orgs.). Jurisdição Constitucional no Brasil. São Paulo, SP: Malheiros, 2012.
SILVA, Virgílio Afonso da. Deciding Without Deliberating. International Journal of Constitutional Law, Vol. 11, 3, 2013.
SILVA, Virgílio Afonso da. “Um Voto Qualquer”? O papel do ministro relator na deliberação no Supremo Tribunal Federal. Revista Estudos
Institucionais, Vol. 1, 1, 2015.
SILVA, Virgílio Afonso da. O Relator dá Voz ao STF? Uma réplica a Almeida e Bogossian. Revista Estudos Institucionais, Vol. 2, 2, 2016.
TUOMELA, Raimo. Social Ontology: collective intentionality and group agents. New York, NY: Oxford University Press, 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na revista.