Reação a Kevin Davis

Autores/as

  • Mariana Mota Prado
  • Michael J. Trebilcock

Palabras clave:

bypasses, desenhos institucionais, governança experimental

Resumen

Em comentário muito profundo ao nosso livro, Kevin Davis aponta para a ambiguidade no uso do termo experimentação e distingue cuidadosamente estudos randomizados controlados (ERCs) de outras formas de experimentação, associadas ao conceito de “governança experimentalista”. O ponto central de seu texto é chamar atenção para o fato de que os bypasses institucionais estão principalmente associados à “governança experimentalista” e alertar o leitor sobre as inferências limitadas que podemos fazer com base no tipo de experimentação proposto em nosso livro. Mais especificamente, Davis argumenta que bypasses institucionais não nos permitem comparar verdadeiramente o desempenho de duas instituições, tal como fazem os ERCs. O que se observa, em realidade, é o desempenho do bypass simultaneamente ao da instituição dominante; não sabemos, pois, como os bypasses funcionariam se fossem a única instituição atuante. Portanto, segundo Davis, é preciso abster-se (ou pelo menos ser extremamente cuidadoso) de ir além desse experimento para concluir que o bypass configura um arranjo institucional superior. Assim, somente estudos randomizados controlados (ERCs) nos permitiriam afirmar se um arranjo é superior ao outro.

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Citas

Banerjee, Abhijit V., Raghabendra Chattopadhyay, Esther Duflo, Daniel Keniston e Nina Singh. 2012. “Improving Police Performance in Rajasthan, India: Experimental Evidence on Incentives, Managerial Autonomy and Training.” SSRN Scholarly Paper ID 2025301. Rochester, NY: Social Science Research Network. https://papers.ssrn.com/abstract=2025301.

Davis, Kevin E. 2010. “Legal Universalism: Persistent Objections.” University of Toronto Law Journal 60 (2): 537–53. https://doi.org/10.3138/utlj.60.2.537.

Prado, Mariana Mota e Steven J. Hoffman. 2019. “The Promises and Perils of International Institutional Bypasses: Defining a New Concept and Its Policy Implications for Global Governance.” Transnational Legal Theory 10 (3–4): 275–94. https://doi.org/10.1080/20414005.2019.1686866.

Sabel, Charles F. e Jonathan Zeitlin. 2008. “Learning from Difference: The New Architecture of Experimentalist Governance in the EU.” European Law Journal 14 (3): 271–327. https://doi.org/10.1111/j.1468-0386.2008.00415.x.

Sabel, Charles F. e Sabel Zeitlin. 2012. “Experimentalist Governance.” In Oxford Handbook of Governance, editado por David Levi-Faur. Oxford Handbooks. Oxford, UK: Oxford University Press.

Publicado

2020-12-30

Cómo citar

Prado, M. M., & Trebilcock, M. J. (2020). Reação a Kevin Davis. REI - REVISTA ESTUDOS INSTITUCIONAIS, 6(3), 1460–1463. Recuperado a partir de https://estudosinstitucionais.emnuvens.com.br/REI/article/view/544

Número

Sección

Book Review

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